Objetividade nos estudos para concursos

Fala, colegas!

Iniciamos esse novo projeto e queríamos falar de objetividade nos estudos para concursos públicos!             

               Se eu digo às pessoas que querem passar me um concurso que elas só precisam estudar, isso parecerá, certamente, uma resposta muito simplista para um problema um pouco maior que elas consideram que é ser aprovado (a).


Mas é incrível como muitas destas pessoas continuam a gastar tempo e energia em tentar saber, prever ou resolver coisas acerca das quais ela não conseguem influenciar em nada.

 

No meu concurso para Juiz de Direito no TJPA, lembro que alguns candidatos defendiam a tese que o Tribunal queria chamar muita gente, pois a necessidade era grande. E que, em razão disso, eles acolheriam alguns recursos interpostos em face da prova de sentença cível.

 

Interessante que isso abria espaço para intermináveis discussões entre colegas que diziam que o Tribunal queria chamar mais e que por isso iria acolher os recursos (do contrário, pouca gente passaria) e os que defendiam que o Tribunal não acolheria os recursos, mesmo que isso implicasse em poucos aprovados.

 

No fim do concurso, o Tribunal não acolheu os recursos interpostos, o que implicou em uma quantidade bem menor de aprovados. Mas, em minha visão, mesmo os que defendiam a tese que se saiu vencedora ainda perderam tempo, pois não podemos controlar a vontade da administração se ela vai querer chamar muita gente ou não.

 

Ora, caro iniciante, na maioria dos órgãos públicos no Brasil existe deficit de pessoal. E, mesmo assim, milhares de pessoas não passam. Não pense que, em razão de uma suposta necessidade do órgão, muitas pessoas vão passar. No Tribunal de Justiça de São Paulo, por exemplo, é muito comum a abertura de concurso com mais de uma centena de vagas para juiz (as vagas, portanto, existem e estão inclusive no edital), mas faltam aprovados para preenchê-las.

 

Minha experiência mostrou que a inquietação dos concurseiros não para por aí. Há quem discuta se a banca vai alterar ou não a data da prova, em razão da data estar chocando com a data de outra prova. Mas um item que o candidato não controla.

 

Com a divulgação do gabarito preliminar, é comum as calorosas discussões quanto ao acerto ou desacerto do gabarito. E um candidato que defende o acerto do gabarito se ocupa em expor seus argumentos tentando convencer o outro candidato que vai recorrer de que este está equivocado. Ao que este último responde com o dobro de argumentos (é claro).

 

Assim, vai ser fácil você ganhar posições na “fila” para nomeação, pois enquanto o candidato “A” discute com o candidato “B” sobre uma questão, você apenas faz o seu recurso em silêncio para a banca examinadora, que é quem vai efetivamente dizer, em caráter definitivo na esfera administrativa, se a resposta está ou não correta. Até hoje, ainda não consegui me convencer do motivo que leva o colegas a discutirem com os outros, cuja opinião tem o mesmo peso da dele.

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